Vida maria

MEMÓRIA DO IRIS

Um dos temas que nos propomos a estudar no IRIS foi a Arte na Educação para a Compreensão da Cultura Visual proposta por Hernandez(2000). O encontro do dia 21/10 foi conduzido pelo Prof. Marcos Lopes que retomou alguns questionamentos sobre o que se ensina e o que poderia ser ensinado em artes visuais e o conhecimento artístico na educação escolar.

As formas de racionalidade para justificar a arte na educação apontadas pelo autor ajudam a construir uma interface de conceitos sobre o que seja arte e seu ensino ao longo do século XX. No entanto, para a compreensão da cultura visual na qual estamos inseridos, faz-se necessário uma atitude menos intelectual e mais vivencial de algumas manifestações dessa cultura, sobretudo como estas se processam e produzem significados, que já não são exclusivamente visuais, mas também sonoros e estéticos. Para Hernandez a construção da consciência individual se dá também pela negociação desses significados, cada vez mais amplos de visualidades, no contexto social.

Nesse sentido, estudar arte na escola seria discutir a vida e seu cotidiano, atentando para os diversos modos como as pessoas significam sua presença no mundo. A escola poderia ser o lugar onde a interação com esses significados gerasse não apenas aquisição de vocabulário estético, ou domínio técnico para a produção de objetos, mas atitudes questionadoras da realidade que podem ser apresentadas ou mediadas pela linguagem visual.

O curta metragem “Vida de Maria” de Márcio Ramos (Brasil,2006), foi exibido como adensamento destas discussões.